As comemorações pelos 25 anos do Bar de Ithiel reuniu a nata... Nata não, que lembra leitinho: a elite etílica de Itabuna!
Um pano de prato, devidamente encardido, escondia o que seria o marco da comemoração dos 25 anos do Bar de Ithiel, uma placa comemorativa, levemente pendida à esquerda, para lembrar não só o espírito democrático, como também a função do lugar, que não é outra senão a de deixar seus selecionados clientes também levemente tortos. Boteco-símbolo do trecho mais nobre do famoso Beco do Fuxico, o Alto Beco, o Bar de Ithiel chega às bodas de prata reverenciando freqüentadores ilustres, lamentando a ausência de outros e ganhando fôlego para outro quarto de século. Para descerrar a placa, o escolhido foi o advogado Pedro Carlos Almeida, o Pepê, o mais assíduo e com mais horas de mesa e de levantamento de copos entres os freqüentadores.
O descerramento da placa foi o ponto alto da comemoração, mas a festa teve ainda som ao vivo, com o lendário Zé da Bateria – agora numa pós-moderna e harmoniosa parceria com um teclado – e a presença de muitos dos tradicionais freqüentadores, alguns devidamente acompanhados de suas resignadas e compreensivas esposas. Teve também discurso, solenemente proferido pelo engenheiro agrônomo Paulo Fernando Nunes da Cruz, o Polenga, que reverenciou os tradicionais, lembrou os ausentes e conseguiu mais 25 anos de perdão para todos ao homenagear as esposas ali presentes. Para forrar o estômago foi providenciado churrasquinho de gato, acarajé e abará. Para lavar a alma, cerveja, muita cerveja.
À festa, organizada por Zé Senna, também se integrou outro boteco bem freqüentado, o Artigos para Beber, comandado por Eduardo. O nome é uma bem-humorada referência ao antigo armarinho, especializado em produtos para recém-nascidos, cujo nome era Artigos para Bebês. Além do intercâmbio de clientes, os dois bares mantêm a tradição de só aceitar pessoal selecionado, entendo-se por essa expressão clientes tradicionais ou indicados, reprovando completamente a aparição de bêbados desconhecidos ou bagunceiros de qualquer espécie.
Mais 25
A Confraria do Alto Beco e o Bar de Ithiel sobrevivem a crises financeiras, a prefeitos, governadores e presidentes, além de gestões internas, discussões sociais e humanísticas e, principalmente, ao tempo. O tempo, agente implacável, mostrou ter sucumbido suas forças a este boteco que se mantém entre os mais conservados e conservadores da região. A fórmula talvez esteja menos no bar que nos próprios freqüentadores, uma elite etílica, alimentada por um sentimento de amizade e, também, claro, por quitutes e cerveja bem gelada.
A meta agora é resistir e poder comemorar os 50 anos. Até porque, o dourado das bodas de ouro certamente se aproxima mais do tom amarelado da cerveja, marca maior do Bar de Ithiel, uma vez que a prata dos 25 anos lembra o branco, da branquinha, artigo que é ser consumido com mais parcimônia naquele reino das louras. Fica assim decretada a necessidade de se preservar a amizade, os bons costumes e a cerva gelada, ingredientes do sucesso a serem saboreados, sempre.
Um pano de prato, devidamente encardido, escondia o que seria o marco da comemoração dos 25 anos do Bar de Ithiel, uma placa comemorativa, levemente pendida à esquerda, para lembrar não só o espírito democrático, como também a função do lugar, que não é outra senão a de deixar seus selecionados clientes também levemente tortos. Boteco-símbolo do trecho mais nobre do famoso Beco do Fuxico, o Alto Beco, o Bar de Ithiel chega às bodas de prata reverenciando freqüentadores ilustres, lamentando a ausência de outros e ganhando fôlego para outro quarto de século. Para descerrar a placa, o escolhido foi o advogado Pedro Carlos Almeida, o Pepê, o mais assíduo e com mais horas de mesa e de levantamento de copos entres os freqüentadores.
O descerramento da placa foi o ponto alto da comemoração, mas a festa teve ainda som ao vivo, com o lendário Zé da Bateria – agora numa pós-moderna e harmoniosa parceria com um teclado – e a presença de muitos dos tradicionais freqüentadores, alguns devidamente acompanhados de suas resignadas e compreensivas esposas. Teve também discurso, solenemente proferido pelo engenheiro agrônomo Paulo Fernando Nunes da Cruz, o Polenga, que reverenciou os tradicionais, lembrou os ausentes e conseguiu mais 25 anos de perdão para todos ao homenagear as esposas ali presentes. Para forrar o estômago foi providenciado churrasquinho de gato, acarajé e abará. Para lavar a alma, cerveja, muita cerveja.
À festa, organizada por Zé Senna, também se integrou outro boteco bem freqüentado, o Artigos para Beber, comandado por Eduardo. O nome é uma bem-humorada referência ao antigo armarinho, especializado em produtos para recém-nascidos, cujo nome era Artigos para Bebês. Além do intercâmbio de clientes, os dois bares mantêm a tradição de só aceitar pessoal selecionado, entendo-se por essa expressão clientes tradicionais ou indicados, reprovando completamente a aparição de bêbados desconhecidos ou bagunceiros de qualquer espécie.
Mais 25
A Confraria do Alto Beco e o Bar de Ithiel sobrevivem a crises financeiras, a prefeitos, governadores e presidentes, além de gestões internas, discussões sociais e humanísticas e, principalmente, ao tempo. O tempo, agente implacável, mostrou ter sucumbido suas forças a este boteco que se mantém entre os mais conservados e conservadores da região. A fórmula talvez esteja menos no bar que nos próprios freqüentadores, uma elite etílica, alimentada por um sentimento de amizade e, também, claro, por quitutes e cerveja bem gelada.
A meta agora é resistir e poder comemorar os 50 anos. Até porque, o dourado das bodas de ouro certamente se aproxima mais do tom amarelado da cerveja, marca maior do Bar de Ithiel, uma vez que a prata dos 25 anos lembra o branco, da branquinha, artigo que é ser consumido com mais parcimônia naquele reino das louras. Fica assim decretada a necessidade de se preservar a amizade, os bons costumes e a cerva gelada, ingredientes do sucesso a serem saboreados, sempre.
Um comentário:
A idéia é inovadora e oportuna e por certo será rica em fatos do presente e comentários do passado;
- Os textos estão excessivamente longos para um "blogger". Ocê tem capacidade de resumir sem perder o conteúdo;
- Mas, só para ocê não dizer "que não falei de flores", idéia tão generosa, só poderia partir de uma cabeça brilhante como a sua (isto antes de sair do beco).
Do seu irmão de coração,
Gerson Menezes (vulgo Zelão)
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