Tu, que não bebes
vinho,
não maldigas os
que bebem.
Sê cortes,
sê indulgente,
sê humano!
Fôra eu senhor do
Destino,
dono do passado e
do futuro,
ter-me-ia então
arrependido
e confessado a
Allah
os meus pecados.
Mostras-te
orgulhoso,
envaideces-te de
não beber.
Insolente e
hipócrita!
Fingiste relegar
ao esquecimento
centenas de atos
perversos,
e encobres as
afrontas ao pudor
que diariamente
praticas!
*Osmar Khaiame
(séc. XI)
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