Isaac Albagli*
O amigo jornalista Walmir Rosário é uma pessoa reconhecidamente inteligente. Na impossibilidade de torcer pelo seu finado Botafogo, e se roendo de inveja (no bom sentido, amigo), do Mengão, foi procurar fatos da década de 1940 e até de 1924, ano de nascimento de meu saudoso pai, que se vivo estivesse completaria 97 anos!
Procurou nas prateleiras empoeiradas alguns (poucos) deslizes do Flamengo frente ao Botafogo, que reconheço, foi outrora um timaço, com Garrincha, Nilton Santos, Zagalo e outros craques. Mas esse tempo já passou. Se olharmos a estatística entre os dois clubes, o Mengão dá uma surra tão grande no Botafogo, que envergonharia seus torcedores.
No confronto direto o Flamengo venceu 136. O Botafogo,112, portanto, freguês. No Carioca, o Mengão tem 36 campeonatos, enquanto a estrela solitária tem 21. Campeonatos brasileiros, Libertadores, e até Campeonato Mundial o Flamengo está muito à frente do foguinho. E o número de torcedores? Deixa pra lá. É covardia.
A amnésia de conveniência faz os botafoguenses esquecerem dos 8x1 de 1926 e o 6x0 de 1981, aplicados pelo Mengão em cima do rival. Vamos ficar por aí, para Walmir não vir com chororô e ficar "sentado" emburrado.
Virou moda. Torcedores de outros times, na falta de emoção para aplaudirem os seus, buscam essa emoção torcendo contra o Flamengo. A psicologia explica. Se o cara é proibido pelo médico de comer gorduras e frituras, ele desconta na bebida. Ou vice-versa.
Walmir, como eu, gosta de uma cervejinha e uma branquinha. Vamos marcar um encontro num boteco tão logo essa pandemia vá embora. Cada um com seu chapéu, e cada um com as estatísticas de seus clubes debaixo do braço.
*Engenheiro agrônomo, ilheense da gema, apaixonado pela família e pelo Flamengo
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