sábado, 29 de outubro de 2011

Alto Beco do Fuxico entra na era de Balzac


A placa com o nome da rua foi afixada no  bar de origem
Nem mesmo o filósofo Honoré de Balzac pode avalizar a passagem do Bar do Ithiel para a casa dos 30 anos. Pois é, tirando os que não conseguiram – por contingências biológicas – a presenciar o aniversário, os que ainda continuam vivos comemoraram com muita vibração a entrada na terceira década de existência etílica.
Dos que ainda continuam vivos, algumas ausências foram notadas, a exemplo de Manuel Aquino (Cambão), Jacozinho, Napoleão Guimarães, José Ribeiro, Dudu Rocha (internado em Ilhéus), Gilson Babaca (enterrado no Banco da Vitória), e os inimigos Carlucha e Faruk (por motivos óbvios), dentre outros. Mesmo assim, as ausência foram lembradas com a farta distribuição de cachaça de alambique (não confundir com a Academia).
A fila do "INSS" do mocofato
Mas, como sempre, festa no Alto Beco do Fuxico lembra comemorações, feitas no mais alto estilo, conforme os manuais de relações públicas do promoter José D’Almeida Sena. Dentro desse preceito, além de cerveja gelada, os festejos foram reforçados com um suculento “mocofato”, que levou a assinatura de Danilu’s Bar.
Pois é, tanto conversa jogada fora é para explicar os 30 anos da implantação do Bar do Ithiel, ponto de resistência etílica encravada no Alto Beco do Fuxico, por Ithiel Pedreira Xavier em 28 de outubro de 1981. Durante esse tempo, milhares de hectolitros de cerveja foram consumidos pelos clientes cativos do bar, alguns já desaparecidos, enquanto outros tantos foram chegando e permanecendo.
Para completar a festa, o Alto Beco do Fuxico, ponto de referência da boemia itabunense, transformou o aniversário em homenagem ao criador do reduto. A partir de agora, o trecho compreendido entre as ruas Duque de Caxias e Ruffo Galvão passou a ser chamado (de fato e de direito) de Travessa Ithiel Xavier, numa homenagem mais do que merecida.
Davidson, com Wenceslau, lembra de Bebeto no Beco
Para dar cunho oficial à homenagem, o vereador Wenceslau Júnior apresentou projeto de lei na Câmara de Itabuna, modificando o nome logradouro. Projeto mais do que justo, conforme a avaliação dos vereadores, que o aprovaram por unanimidade. Mesmo antes de da sanção do prefeito, foi confeccionada uma placa com o novo nome da travessa e afixada na última sexta-feira (28), com a presença dos frequentadores e o vereador.
Ressaltando um dos clientes fundadores do Bar do Ithiel, o presidente da Bahiagás, Davidson Magalhães, lembrou que o bar era um dos locais preferidos do seu pai, o artista plástico e decorador Alberto Messias. Segundo Davidson, o Bar do Ithiel não era simplesmente um bar e sim foi uma confraria de amigos, que mesmo professando os mais diferentes credos e convicções políticas, sempre mantiveram uma perfeita harmonia.
DEMOLIDOR DE MITOS
Ana Carolina não quis correr novo risco e foi comemorar o aniversário de casamento no Alto Beco do Fuxico
Considerado um “clube do Bolinha”, a primeira mulher a frequentar o Bar do Ithiel foi Vera Rodrigues, que sempre acompanhava um dos fundadores do bar, Paulo Fernando Nunes da Cruz, o Polenga, seu esposo. Após quebrado o mito, várias esposas passaram a frequentar o Alto Beco do Fuxico, inicialmente durante as confraternizações de Natal e São João.
Um dos casos que mais chamou a atenção foi a ausência do advogado Pedro Carlos Nunes de Almeida na comemoração do seu nono aniversário de casamento. Pepê, como é mais conhecido, faz parte da turma que promoveu a mudança do mobiliário para a fundação do bar. O problema era que no mesmo dia de fundação do bar, 28 de outubro de 1981, era o aniversário do seu casório, para o desespero da família.
Taninha Barreto foi debutar nos 30 anos do Alto Beco
Agora, durante a comemoração dos 30 anos, Ana Carolina não se fez de rogada e foi comemorar o aniversário de 39 anos de casamento no Alto Beco do Fuxico. Assim como ela, a Tânia Barretto (Taninha) também resolveu debutar no Alto Beco do Fuxico, ao acompanhar o seu esposo, Rafael Barreto, membro da Confraria do Alto Beco do Fuxico.
Dejaci, da Banda Lordão, animou a festa dos 30 anos
Do mesmo modo, frequentadores, confrades e acadêmicos da Alambique comparecem com suas esposas para assistir o show musical dado pelo músico Dejaci, da Banda Lordão. No repertório, músicas de todos os tempos e dos diversos estilos.
VEJA TODAS AS FOTOS DA COMEMORAÇÃO DOS 30 ANOS DO ALTO BECO DO FUXICO

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