segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

10 ANOS SEM NENÉM DE ARGEMIRO


Walmir Rosário*
O trompete na parede; Zé do Gás serve a batida aos clientes
O seu retrato continua na parede. O mesmo acontece com o trompete, silencioso. Os amigos continuam no Berimbau, reaberto por Zé do Gás. Com isso, a clientela ficou mais perto de sua Terezinha. Até de sua filha Vera.
Mas, há 10 anos que ele partiu, ficando para sempre na história dos amigos, de Canavieiras, sua cidade do coração. É sempre assim, não existe outra fórmula para permanecer para sempre junto à família, aos amigos. A partida é certa.
Partiu e deixou amigos tantos, que relembaram e comemoraram os 10 anos de sua partida para a eternidade. E lugar melhor para relembrar de Neném é o Berimbau, onde mantave sua trincheira por anos a fio.
Entre uma conversa e outra, um brinde a um feito qualquer – mesmo que não seja coisa séria... melhor, ainda! – com o tilintar de copos. É o mais vívido sinal de que reina a alegria no ambiente. Afinal, o Berimbau não é lugar pra coisa séria – a não ser a amizade.
Neném, com seu trompete, ao lado de Juninho e Luiz Madeira
O trompete está mudo, na parede, pois a ninguém foi dada a permissão para tocá-lo, tirar o menor dos acordes frequentes, daqueles que estávamos acostumados a ouvi-lo. As notas musicais de antes são substituídas pelos instrumentos dos frequentadores, que costumam alegrar as manhãs e tardes de sábado.
Uma cachaça, uma cerveja, por favor! Vamos brindar a alegria. Alegria, sim, pois onde estiver, Neném está nos acompanhando de perto, tomando conta do Berimbau, não o físico, hoje a cargo de Zé do Gás, mas o espiritual, aquele que contagia, que congrega, que ajudar a viver melhor em sociedade.
Traz aí o mal-assado! Não tem? Como? Nem tudo é perfeito, mas foi uma simples falha do secretário que não lavrou a ata e cuidou das programações festivas. Que não torne a outra, pois o Berimbau é coisa séria!
*Frequentador semanal

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