segunda-feira, 15 de junho de 2015

Expansão do Berimbau – de bar a padaria e quem sabe...


A motocicleta com o baú é mais comodidade ao cliente
Na França, o costume é cada um passar na padaria, comprar sua baguete, colocá-la debaixo do braço, sem embalagem, e levá-la para casa. No caminho, uma parada num café, num bistrô, sempre com a baguete ao lado. No Brasil, temos dois costumes, ir à padaria comprar os pães ou pedi-los pelo delivery, meio mais prático, mas nem sempre o mais barato, já que na composição do preço entra um novo componente: o moto entregador.

Em Canavieiras, um serviço foi resgatado de tempos passados e é a padaria quem vai à casa do cliente. A inclusão dessa modernidade (do passado) é ideia de José Gama, ou Zé do Gás, que hoje administra a Confraria do Berimbau, reduto da boemia canavieirense, hoje mesclada entre membros da velha e jovem guarda etílica. O que não é novidade é fusão das duas empresas – o bar e a padaria - que hoje funcionam no mesmo local.

Para proporcionar mais comodidade aos clientes, a padaria – um dos braços econômicos do Berimbau – chega às casas dos clientes com um mix de produtos, que vai dos pães (francês, milho e variedades doces) chegado ao leite, iogurte e outros produtos de laticínios. Se antes esses produtos eram transportados pelos chamados “padeiros” em grandes cestos na cabeça, hoje desfilam pelas ruas da cidade de motocicleta.

Uma motocicleta adaptada com um “baú” fechado que aloja bandejas de pães em prateleiras, conforme saem do forno. Numa caixa isotérmica são transportados os produtos de laticínio, para que não percam a frescura – temperatura baixa, no bom sentido. Em cada uma das ruas, o Galego para num ponto previamente estabelecido, buzina e vai servindo os clientes que vão se aproximando da moto baú. A prestação do serviço não altera o preço do produto ao consumidor, o que é considerada uma vantagem.



GALEOTA DE OURO

O bar O Berimbau foi criado por Neném de Argemiro e posteriormente foi transformado na pomposa Confraria do Berimbau, quando passou a sediar a “Galeota de Ouro”, evento etílico e gastronômico fundado por um grupo de amigos. Funcionando como uma festa de camisas, o serviço era all inclusive, com uma grande variedade de cachaça, cerveja em lata bem gelada e o melhor “churrasquinho de gato” que se tem notícia.

A cada ano, reuniões de avaliação eram realizadas pelos membros da Confraria do Berimbau, e conferidas premiações em troféus pelos absurdos cometidos sob o efeito dos produtos etílicos durante o ano. Apesar de passar a impressão de que seria uma competição para verificar quem beberia mais, a concepção era premiar os praticantes dos excessos. O evento teve sua morte decretada a partir das divergências políticas e econômicas surgidas entre os confrades.

FUTURA EXPANSÃO

Com o sucesso obtido na reabertura, acrescentando a atividade de padaria ao já instalado bar, a nova proposta é ampliar as atividades, desta vez com a implantação de uma pousada. A intenção é ampliar o leque de oferta de serviços aos mesmos clientes do bar, merecedores de um bom descanso após a ingestão de alguns aperitivos. Nada como uma boa cama. Enquanto o serviço não é oferecido, Zé do Gás deixa sempre um colchonete de prontidão para as necessidades mais emergentes.

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